Memórias


Quando fecho os olhos,
Vejo todos os nossos registros
Andei percorrendo nossa casa
Olhos fechados, cada pedaço é conhecido!
Por dias esqueci seu cheiro
Queria, às vezes quero
Tirar-te do meu pensamento
Não me faz mal, apenas lamento
Cada vez que ao invés de olharmos,
falamos
e
Ao invés de ouvirmos,
falamos novamente

Mas meu tudo ainda está contigo
Nossa cama,
Quadros,
nossos atos,
propostas indecentes de cada um
Nossos fatos,
Coisas que deverás nunca se apagarão!

Tire de mim esses seus olhos negros,
Não consigo esconder de ti os meus segredos

Tire de mim as suas mãos doces,
Elas sabem todos os meus encaixes e meus desejos

Tire de mim o desenho,
Que pintei quando nos conhecemos
Poderia você não me agradar?
Queria assim. Seria tão fácil!

Sairia pelo mundo a descobrir tesouros
Meio cega no meu mundo tolo
Anestesiaria os meus sentimentos
Colocaria o amor em um barco
Rumo ao esquecimento!

Se o coração afeta minha paz
Quero arrancar-te maldito!

Destino? Você faz?
Impulsos trêmulos
De uma dor fugaz

Será que pode passar tanto tempo e eu continuar a te amar, mais?

Machucamo-nos com nossos passados,
Remoemos sentimentos
E se um dia acabar?
Remoeremos?

Todos me parecem tão iguais
Se falássemos tudo, tudo mesmo
Olhando o outro como a nós mesmos
Veríamos, creio eu
Que todos somos iguais!

Entendo seus deslizes
Como se escorregasse de um enorme tobogã

Estive ausente,
Minha mente passou tempos em outro lugar
Não te posso julgar

Sei o quanto me amou
E se me ama
Só tu és capaz de dizer...
Poderemos reviver?


An’água


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