A gente morre pra viver!



Que será essa inquietude
essa necessidade de algo que não se deve,
de algo que não se quer dever
nem querer
de algo que não há
por não saber
e por insistir
em afastar

que será se não se é?
será porquê?
porquê se quer?
ou por não saber querer?

Se está, está por que quer,
Só pode ser!
Senão se quer, porquê estaria?
Por quê as vezes engana o querer?
ou por enganar o não querer?
o mal querer?
o querer bem?
o bem querer?

O desinteresse é interessante,
porque liga o que não se quer
ao que se importa em não querer,
ficando assim ligado a ele,
querendo sem saber!

Não quero inquietar-me,
mas me ligo ao meu não querer,
querendo sem saber
aquilo que tento esquecer,
e que esqueço
oras, por vias de amnésia forçada
oras, pelo descumprimento da memória amarrada
oras, por ser feliz em atender os meus desejos

Me dei o direito de me interessar ou desinteressar, de ligar ou apagar
de querer e desquerer
de pensar e esquecer
de apagar pra não sofrer
de morrer e não saber!


A gente morre todo dia para poder viver!

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